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O dilema de quem não passou no vestibular

Em meio à frustração do fracasso no vestibular, jovens reúnem forças para continuar sonhando com uma vaga no ensino superior

Não foi dessa vez que deu para passar no vestibular. E agora, o que fazer com a frustração? Desistir? Tentar outro curso? Ou esfriar a cabeça e começar tudo de novo, em nome de um sonho? É claro que é difícil se conformar e encarar mais um ano de pressão, ansiedade e livros e mais livros, fórmulas, aulas e simulados nos finais de semana e noites sem dormir. Mas pense bem: como você, um montão de outros jovens vivem essa mesma angústia de não ter conseguido entrar na faculdade.

Por mais que existam argumentos e consolo para quem não conseguiu conquistar aquela tão sonhada vaga na faculdade, a verdade é que só com o tempo a conformação vai tomando o lugar da frustração e alma vai se acalmando um pouco para embarcar em uma nova tentativa. Muita gente já vive essa experiência há anos e ainda assim não desiste do sonho. Outros, cansados de tanto tentar, acabam optando por um novo caminho e trocam o curso preferido por alguma faculdade menos concorrida ou até por um curso técnico.

Especialistas dão dicas de como superar essa fase

Vai muito da influência da história familiar de cada um insistir no curso sonhado ou desistir e vislumbrar outras possibilidades. A declaração é da psicóloga e psicoterapeuta Arilda Ximenes. "Medicina é um bom exemplo: a família estimula a insistência porque há uma identificação com o curso, que é um ideal de profissão", diz. "Com outros cursos, é muito comum o estudante mudar de opção".

Segundo a psicóloga, as reações diante da frustração de não ter sido aprovado são muito individuais. O melhor, afirma, é não se deixar levar por "fantasias persecutórias", enxergando o vestibular como prova de eficiência na vida, o que pode gerar vários distúrbios psicossomáticos. "Quando somos movidos pelo desejo, lutar por um ideal é fundamental", argumenta. E isso vale para qualquer coisa na vida, não apenas para essa fase de vestibular".

Falta de informação - A psicóloga e psicoterapeuta Juliana Prudente acrescenta que é necessário avaliar se determinado curso é algo que o jovem quer de verdade, ou apenas para satisfazer a sociedade e a família. "Se for, vale a pena insistir", declara. "Vestibular é perseverança e não passar não é o fim do mundo. É uma experiência a mais, mais um passo para o crescimento interior. Não há porque se sentir derrotado".

Ângela Baiocchi, psicóloga com especialização em jovens e família e mestranda em Educação, frisa que é preciso parar para fazer uma reavaliação da situação. Segundo ela, um dos grandes problemas enfrentados pelo jovem na escolha da profissão é a desinformação.

"Muitas vezes, o jovem tem vontade de descobrir outras possibilidades, mas não há quem mostre", sublinha a especialista. "Diante disto, acabam optando pelo tradicional: Medicina, Direito, Engenharia, sem levar em consideração que outros cursos também podem realizar. Por que não Biologia ou Química e Antropologia? Essas possibilidades não existem por pura falta de informação", avalia.

De acordo com Ângela Baiocchi, o vestibular se tornou um ritual de passagem, a única perspectiva de futuro para o jovem. "Não há mercado de trabalho, não há expectativa para quem não passa", pondera. "O jovem está abandonado. É necessário mostrar a ele que o vestibular não é o único caminho para uma profissão de valor. O que importa é a vontade de realizar".

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