Aristóteles no século IV a.C. acreditava
na existência de certos princípios ativos ou forças vitais no surgimento
da vida a partir de substâncias inanimadas. Surgindo assim a teoria
da abiogênese ou geração espontânea (Crença de que a vida poderia
surgir a partir de água, lixo, sujeira e outros restos).
Francesco Redi no século
XVII, procurando dar uma base experimental à teoria da geração espontânea,
elaborou a teoria da biogênese, que defendia a idéia de que a
vida só poderia surgir a partir de uma vida pré-existente.
Neste mesmo
século um naturalista chamado Anton Van Leeuwenhoek , acidentalmente
construindo microscópios, relatou a presença pela pirmeira vez de bactérias,
“que se multiplicavam numa gota d´agua”, "ressuscitando" assim
a teoria da abiogênese. O inglês John Needham aqueceu uma "mistura"
e colocou em alguns tubos de ensaio. Em seguida aqueceu-os e fechou.
Após alguns dias os tubos estavam cheios de organismos. Querendo
assim provar que a idéia de geração espontânea continuava válida.
Na mesma
época, as idéias do inglês foram combatidas pelo italiano, Lazzaro
Spallanzani, que repetiu a experiência desta fechando os tubos e
fervendo os caldos no interior. Neste caso, em horas depois não havia
aparecido qualquer tipo de organismos dentro do tubo. Needham criticava
as idéias de Spallanzani, dizendo que ao fechar os caldos, ele
havia matado o princípio vital .
Apenas
na segunda metade do século passado, Louis Pasteur, cientista
francês derrubaria de vez as idéias de geração espontânea. Como experimento,
ele preparou um caldo e o colocou em dois tipos de frascos:
- Alguns
frascos tinham um longo pescoço reto;
- Outros,
além do longo pescoço eram curvos, com a forma de um “pescoço
de cisne".
Pasteur
ferveu todos os frascos e deixou todos abertos .Ele queria assim
mostrar que ar poderia entrar livremente em todos eles.
Resultado:
Somente os frascos de pescoço retos apresentavam microrganismos no caldo
em seu interior. Os de "pescoço de cisne" permaneceram estéreis
o resto do tempo. A partir de observações anteriores, Pasteur teve certeza
de que o ar continha inúmeros microorganismos. E que eles é contaminavam os caldos de cultura, sendo assim, eles não surgiam
a partir do caldo.
Como a teoria da abiogênese foi derrubada, novas teorias foram
surgindo, como é o caso da “teoria” Cosmozóica, várias hipóteses
que nunca se transformaram em uma teoria propriamente dita. Nesta “teoria”,
a vida teria aparecido na Terrapela proliferação de microrganismos que
viajaram no espaço e teriam caído então no solo terrestre. Estas hipóteses
foram logo refutadas, sabendo que nenhum microrganismo poderia sobreviver
no espaço sideral, sujeito à radiação ultravioleta, raios cósmicos e
baixíssimas temperaturas. Além disso, chegando seria impossível chegar
à Terra dentro de meteoritos, sendo que estes quando entram na atmosfera
terrestre, quase sempre se pulverizam.
O russo Aleksandr Oparin no século XX, elaborou a teoria
de Oparin (teoria naturalista), que se baseia nas seguintes afirmações:
-
No surgimento da Terra, a atmosfera não continha oxigênio livre,
mas era rica em metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio
(H2) e vapor de água (H2O).
-
A temperatura ambiente era muito alta e a atmosfera seria cheia
de raios ultravioletas e centelhas elétricas, que teriam alterações
nos gases da atmosfera. Estas alterações, teriam originados moléculas
orgânicas compostas e complexas, que poderiam ter originado os aminoácidos.
A partir
deste evento, seguem-se as etapas representadas no esquema: