Relações inter específicas
01. Mutualismo obrigatório - neste caso há uma associação entre indivíduos de espécies diferentes que é obrigatória para que a vida. No exemplo clássico dos líquens temos os fungos fazendo o papel de absorção e das algas fazendo o papel de fotossíntese, sendo que se houver separação dos dois indivíduos nenhum dos dois pode sobreviver. Outros exemplos de mutualismo são o boi e as bactérias na pança, o cupim e a triconinfa.
02. Protocooperação - também é uma associação entre indivíduos de espécies diferentes onde há benefício para ambas as partes. É muito semelhante ao mutualismo só que nesse caso não existe um comprometimento anatômico entre os indivíduos podendo se a qualquer momento separá-los e garantir-se à sobrevivência de ambos. Sua coexistência não é obrigatória.
Exemplo: o paguro-eremita e as anêmonas do mar, O pássaro anu e o boi, o pássaro palito e os crocodilos.
03. Inquilinismo - neste tipo de relação inter específica, um dos indivíduos utiliza o outro como hospedeiro temporário, porém não há qualquer tipo de prejuízo para a parte que o hospeda. É que essa é um tipo de associação muito parecido com comensalismo, diferindo deste apenas por não haver cessão de alimentos para o inquilino. São exemplos de inquilinismo o peixe agulha e a holotura, as orquídeas e bromélias com troncos de árvores.
04. Comensalismo - e a associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual um deles aproveita os restos alimentares ou metabólicos do outro sem causar a este qualquer tipo de prejuízo. Modernamente acredita-se que espécies que são parasitas ou que foram parasitas no passado tendem a se tornar comensais. . Esta mudança seria um modo evolutivo de se conseguir uma relação duradoura.
Exemplo: a rêmora e o tubarão, Entamoeba coli e o homem.
05. Competição inter específica - é uma interação desarmônica entre seres de espécies diferentes que habitam um mesmo local geográfico e disputam o mesmo nicho ecológico. A competição difere do predatismo, pois neste caso, podem estar competindo duas espécies de herbívoros ou duas espécies de carnívoros sem que necessariamente uma devore a outra.
06. Predatismo - é uma interação desarmônica na qual um indivíduo geralmente maior persegue mata um ou mais indivíduos de outra espécie para se alimentar. a presa pode morrer durante a sua ingestão ou antes. O predador é sempre um consumidor.
07. Parasitismo – no parasitismo há a espoliação de um indivíduo chamado de hospedeiro. Nestes casos o parasito é geralmente menor que seu hospedeiro e quando ataca o hospedeiro habitando o lado externo é chamado de ectoparasito (carrapatos) e quando se fixa ao hospedeiro internamente é chamado de endoparasita (E. histolytica). Sua definição é muito semelhante a do predatismo porém neste caso é geralmente necessário um grande número de parasitos para matar um hospedeiro.
08. Amensalismo - Neste tipo de interação um dos indivíduo é capaz de produzir substâncias que podem inibir o desenvolvimento do outro ou mesmo causar sua morte. A substância produzida pela espécie inibidora pode não ter efeito letal sobre a espécie amensal, ou seja, a espécie cujo desenvolvimento é inibido.
Este é o caso bem conhecido dos antibióticos que em sua maioria têm efeito bacteriostático, isto é, impedem a multiplicação das bactérias. Esses antibióticos são largamente utilizados em medicina, no combate às infecções bacterianas. Inibindo a multiplicação das bactérias patogênicas, os antibióticos dão oportunidade para que o organismo as destrua por intermédio da ação fagocitária dos leucócitos. O Penicilium notatum é o responsável pela produção do mais antigo antibiótico: a penicilina.
Sob determinadas condições ambientais, certas algas protistas (pirrófitas) de cor avermelhada e produtoras de substâncias altamente tóxicas apresentam intensa proliferação, formando enormes manchas vermelhas no oceano. Com isso, a concentração dessas substâncias tóxicas aumenta, provocando grande mortalidade de animais marinhos. Nestes casos de ação antibiótica mais enérgica, causa a morte de espécies amensais. É o que ocorre neste fenômeno conhecido por “maré vermelha”.
Tendo como + a espécie beneficiada, cujo desenvolvimento se torna melhorado ou possível, como o símbolo – a espécie prejudicada e como 0 a espécie cujo desenvolvimento não é afetado, podemos representar as relações interespecíficas como no quadro abaixo:
Espécies Reunidas |
Espécies Separadas |
|||
A |
B |
A |
B |
|
Inquilinismo |
+ |
0 |
0 |
0 |
Comensalismo |
+ |
0 |
0 |
0 |
Mutualismo |
+ |
+ |
- |
- |
Protocooperação |
+ |
+ |
0 |
0 |
Amensalismo |
0 |
- |
0 |
0 |
Predatismo |
+ |
- |
- |
0 |
Competição |
- |
- |
0 |
0 |
Parasitismo |
+ |
- |
- |
0 |