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O Ciclo do Ouro 

1 –Tempo:

-          1695 até o século XVIII.

2 -Locais:

-          Vila Rica ( Ouro Preto) – 1695;

-          Cuiabá –1718;

-          Vila Boa ( Goiás) –1722; 

3–Fatores da Descoberta: 

-          Bandeirismo de contrato: nas entradas o bandeirante é contratado pela Coroa para interiorizar a região;

-          Preação de bugres;

-          Os lusos vivem obcecados com o ouro da Espanha e esperam encontrar a “riqueza fácil” na Colônia;

-          O fim da vigência do Tratado de Tordesilhas com a União Ibérica;

-          O ouro no Brasil era de aluvião, ou seja, era encontrado na superfície dos rios, era de fácil extração e acabava rápido;

-          A pauperização dos vicentinos. 

4 –Fases do Ouro: 

-          1695 –1750: Formação;

-          1750 –1755: Apogeu;

-          1755 –1785: Decadência. 

5 -A Parte do Rei no Ouro- Impostos  

-          A Coroa criou instituições mineradoras, como a Intendência das Minas, que era subordinada a Coroa e tinha funções de fiscalizar, estimular e administrar ( cobrar impostos) as casas mineradoras, a sociedade mineradora. Só existia uma intendência das Minas era em Minas Gerais;

-          A Intendência das Minas origina as casas de Fundição;

-          Casas de Fundição: foi criada pela Intendência das Minas. Criadas para dar maior controle e fiscalização do ouro, o ouro era fundido e ganhava um selo real, não era mais em pó e efetivava o Quinto;

-          Quinto: 1/5 do ouro achado pertencia ao rei, ou seja, 20% da produção do ouro era da coroa, o ouro era quintado ou selado;

-          Capitação: era cobrado um imposto em ouro por cada cabeça, ou seja, por cada escravo que trabalhava na mina, o imposto era cobrado sobre o número de escravos, pagava-se 13g de ouro por escravo por ano;

-          Derrama: é um ato e não um imposto, isto é, o ouro arrecadado por mês deveria atingir uma quota, a quota mínima para ser atingida era de 100 arrobas de ouro por ano, se essa não fosse atingida penhorava-se bens das pessoas que deviam, tanto mineradores quanto pessoas comuns, até atingir essa quota; 

6–Mudanças provocadas pelo ciclo 

-          O ouro provocou a primeira grande corrente imigratória para o Brasil, esses imigrantes vinham de Portugal e das ilhas do Atlântico;

-          O ouro provocou um efêmero alivio nos problemas financeiros de Portugal com a Inglaterra, porém acentuou mais a dependência financeira de Portugal à Inglaterra, pois a Inglaterra era exportadora de manufaturados ( têxteis, calçados, ferramentas, navios, etc.) e importadora de produtos naturais de Portugal, que retirava esses produtos da colônia ( Brasil).Com o tempo o déficit e a dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra só aumentou. O ouro foi usado por Portugal para controlar a balança comercial momentaneamente;

-          O ouro ajudou a sepultar a economia açucareira. Obs.: .: A Cana-de-Açúcar mesmo no apogeu do ouro, dava mais lucro que o ouro, porém o ouro iludia as pessoas por ser riqueza fácil (metalismo);

-          O ouro fez a capital brasileira mudar de Salvador para o Rio de Janeiro, onde entravam os escravos e suprimentos e por onde saía o ouro das minas, isto é, o Rio de Janeiro tornou-se mais importante;

-          A economia mineradora gerou uma certa articulação e integração entre áreas distantes da Colônia, geralmente feita pelos tropeiros;

-          Integrou as diversas regiões econômicas;

-          Estimulou a atividade do tropeiro[1];

-          Afluxo de reinóis[2] para as minas;

-          Afluxo de “emboabas”[3] para as minas;

-          Os paulistas perdem as minas para os “emboabas” na “Guerra Civil” de 1709;

-          Interiorizou a colonização;

-          Criou cidades pelo sertão ( Vila Boa, Ouro Preto, Pirinópolis, etc.);

-          Criou uma atividade itinerante, ou seja, do litoral para o interior;

-          Estimulou o fiscalismo régio ( real, da Coroa);

-          Estimulou o contrabando de ouro dos colonos;

-          Gerou revoltas internas: Guerra dos emboabas (1709) e Revolta de Felipe dos Santos (1720) contra a criação das Casas de Fundição;

-          Gerou uma sociedade menos rígidas, a riqueza é “fácil”;

-          Permitiu a expansão cultural, literária, artística, etc.;

-          Criou as “cidades mortas”;

-          O Ouro no Brasil era de aluvião, ouro de superfície;

-          O ouro era considerado “riqueza fácil”, então, foi mal utilizado, foi ostentado em demasia;

-          “ O ouro deixou igrejas em Portugal, indústrias na Inglaterra e buracos no Brasil”. 

Em 1703 Portugal e a Inglaterra firmaram um acordo comercial conhecido como Tratado de Methuen, ele foi instituído com o intuito de adotar tarifas alfandegárias privilegiadas, ou seja, produtos estrangeiros mais baratos, no qual a Inglaterra importa vinhos( do Porto) e azeite enquanto exporta manufaturados para Portugal. Esse acordo ampliou a dependência lusa e o déficit na Balança Comercial. O ouro servil para aliviar momentaneamente o déficit.Contudo, o ouro era fugaz, porque era ouro de aluvião, ouro de superfície, não era ouro explorado em minas em grande escala, então, não foi capaz de solucionar o maior problema luso.



[1] O tropeiro vendia escravos, animais, alimentos, mantimentos, ferramentas, açúcar, comprava isso no Nordeste e vendia no Sudeste, trocava produtos pelo ouro no Sudeste, ganhava muito dinheiro com isso e fazia a integração;

[2] Reinóis: portugueses de Portugal.

[3] “emboabas”: estrangeiros, palavra indígena que significa descalços ( bandeirantes).