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Entradas e Bandeiras 

1- Tempo: XVI-XVII

2- Ápice: 1580-1640

3- Entradas:

-          Oficiais (reinóis): Financiada pelo Rei;

-          As penetrações organizadas pelo reino que queriam explorar e colonizar o interior habitado até então apenas pelos índios não domesticados.As Entradas contavam com o incentivo da administração lusa em busca de metais preciosos, e o apresamento de índios.Eram praticadas principalmente pelos vicentinos. Os vicentinos adentravam pelo interior de onde hoje é São Paulo, Minas, Goiás, Mato Grosso e região do sul do país, inclusive em regiões espanholas. Os vicentinos confrontavam com jesuítas lusos e espanhóis, já que estes protegiam centenas de indígenas. Os vicentinos destruíram centenas de missões e reduções jesuíticas, capturando índios e expulsando os jesuítas para outras regiões. 

4- Bandeiras: 

-          Iniciativa Privada;

-          São Vicente sobrevivia numa situação difícil, desde a metade do séc.XVI, a custa de tráfico interno de mão-de-obra indígena e da procura de veios de metais preciosos.Muitos comerciantes e traficantes de bugres interessavam na penetração dessas regiões inicialmente habitadas apenas por índios, para praticar a preação do bugre e encontrar fontes de metais preciosos, principalmente o ouro. Esses comerciantes e traficantes vão financiar expedições de aventureiros, garimpeiros e índios domesticados em busca de escravos vermelhos e de ouro. 

5- Mudanças Conjunturais                                                                           

-          São Vicente → Tietê → Sertão;

-          Interiorizou o território luso-brasileiro.

6 –Mudança Estrutural 

-          historiografia bandeirante etnocêntrica: os vicentinos colocam-se como seres perfeitos, como mostram certas esculturas e desenhos, retratam o bandeirante como ser perfeito, bem vestido, limpo, calçado, “civilizado”, o que é incoerente com o vicentino pauperizado e indigenizado na preação do bugre e na procura de ouro;

-          Bandeirante → “desbravador, inventor”;

-          Figura artificial e idealizadora do bandeirante → Houve uma exaltação e idolatrização da figura do bandeirante feita por historiadores e governantes.Eles exaltavam a superioridade racial dos paulistas.Ressaltavam que  esta superioridade originava-se população branca.Segundo essa imagem errada os paulistas eram independentes da Coroa e do caráter democrático da colônia.Valorizavam as façanhas dos paulistas em desbravarem regiões até então habitadas por bugres e estenderem as fronteiras da colônia muito além do tratado de Tordesilhas. Essa idealização do bandeirante está presente em monumentos, esculturas e pinturas, que retratam os bandeirantes como heróis e pessoas ricas e bem vestidas;

-          Boris Fausto já tem uma visão mais real dos bandeirantes, afirma que viviam descalços, caminhando por milhares de léguas, passando dificuldades e perigos na luta contra índios.Os vicentinos não eram uma “raça especial”, mas tiveram mais características que facilitaram e os distinguiram dos outros grupos menos favorecidos, eram mais indigenizados e adaptados ao ambiente[1].



[1] Boris Fausto: pág.94-98.